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REQUISITOS DE QUALIDADE NA BOVINOCULTURA DE CORTE

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Descrição

A engorda confinada, no Brasil, representa a síntese da evolução tecnológica experimentada pela pecuária nacional nos últimos vinte anos. Nos primórdios do confinamento, na década de 60 do século XX, a família Resende Peres introduz a engorda confinada comercial no país, em sua fazenda Brasília, localizada no município de São Pedro dos Ferros, MG. Além do ineditismo comercial (as demais ações eram provas oficiais de ganho de peso para avaliação de raças), os Resende Peres também foram pioneiros na utilização comercial de nitrogênio não proteico, através do complexo ureia-melaço.

Esse tempo romântico da zootecnia aproveita-se de dois fatores primordiais e já extintos na atualidade: o diferencial de preços da entressafra, que atingia, em valores reais, um acréscimo de 30%, e a ocorrência de abundância de bois magros no início da seca.
Não havia máquinas nem implementos adequados à atividade, o improviso era regra e a escala, pequena. Ocorreram avanços com a inauguração, no início da década de 70, do confinamento do Baby Beef Rubayat, em Sumaré, SP. Pela primeira vez, em escala comercial e com a finalidade de produzir carne de qualidade, foi utilizado cruzamento industrial, envolvendo Santa Gertrudis e Marchigiana com Nelore.

A indústria do confinamento engatinhava, havia padronização de instalações e alguns implementos, notadamente forrageiras e vagões de alimentação, começavam a ser fabricados.
No rastro desse processo evolutivo, a engorda confinada foi perdendo seu caráter especulativo de preços e adquirindo uma ação mais produtiva. No final da década de 70 e início de 80, surgem os ionóforos, os anabolizantes permitidos e os antibióticos, generaliza-se a utilização de ração de custo mínimo e os confinamentos aumentam em número e escala (bois alojados).

Fato marcante foi a adoção do Plano Real, quando o boi e outros ativos perdem seu valor como "refúgio de moeda". Na década de 90, outras tecnologias, como diferimentos de pastagens, adoção de misturas múltiplas (de baixo a alto consumo) e semiconfinamento, passam a competir com a engorda confinada, tornando necessária a máxima profissionalização dos agentes envolvidos. Perdeu-se, ou diminui consideravelmente, o caráter especulativo de preços, como também se reduziu a margem de lucro por boi abatido, trazendo, em consequência, confinamentos de maior escala. Paralelamente, a adoção da engorda confinada foi sendo utilizada como ferramenta estratégica de alívio de pastagens na época seca, como elemento de ligação da integração lavoura-pecuária e, finalmente, como "pulmão" de fornecimento próprio aos grandes frigoríficos. Atualmente, é ferramenta fundamental na produção de carne de qualidade, condição básica para melhor remuneração do produtor e fundamental nas parcerias que visam aumentar o valor agregado da carne.
A evolução da tecnologia do confinamento no Brasil é a junção da evolução tecnológica das áreas de nutrição, sanidade, ambiência e genética, aliada à natural evolução da agricultura, agroindústria e comercialização.

Editores: Flávio Augusto Portela Santos, José Carlos de Moura e Vidal Pedroso de Faria
Ano: 2007
Número de Páginas: 331
Tamanho: 14 X 21 cm
Editora: Fealq
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-7133-051-1


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