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COMBO - TEORIA E PRÁTICA DA PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGENS/REQUISITOS DE QUALIDADE NA BOVINOCULTURA DE CORTE

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Descrição

A relutância de alguns empresários rurais em relação ao retorno econômico do sistema de produção animal em pastagens decorre da falta de análise de dados, interpretação dos resultados e, principalmente, dificuldade do entendimento da ação integrada entre as técnicas utilizadas no sistema de produção. Os retornos econômicos da adubação, limpeza e divisão de pastagens têm probabilidades reduzidas de sucesso se não estiverem associados com manejo do pasto e conversão da forragem em produto animal. Freqüentemente a frustração das expectativas do empresário rural ocorre quando ele consegue produzir elevada quantidade de forragem através de técnicas como adubação de pastagens e controle de invasoras, mas não é capaz de aproveitar o incremento por falhas no manejo. A pecuária é uma das poucas atividades do setor agrícola que ainda não utilizou aumento da produtividade como recurso para aumentar a rentabilidade. Enquanto a produção média do milho e da soja atinge nas fazendas tecnificadas níveis próximos dos alcançados em trabalhos experimentais, a produtividade média de bovinos é inexpressiva em relação a resultados obtidos pela pesquisa com uso de técnicas de intensificação.
Pode-se concluir que o aumento da produtividade é fator decisivo para a viabilização do emprego de técnicas efetivas de limpeza de pastagens. Entretanto, o incremento da produtividade pode, inicialmente, ser obtido com tecnologias de baixo custo como melhoria na eficiência da colheita da forragem pelos animais, através do ajuste na pressão de pastejo. Essa pressão de pastejo pode ser equilibrada através da divisão de pastos ou aumento da taxa de lotação temporária nos piquetes, que se constitui no princípio do pastejo rotacionado. A adoção de estação de monta com o objetivo de sincronizar as exigências nutricionais dos animais com a oferta e qualidade de forragem é outra técnica de custo baixo para aumento da produtividade. O acompanhamento do desempenho dos animais através de pesagens periódicas permite a tomada de decisões quanto a orçamento de forragem disponível e venda estratégica de animais, constituindo-se assim em mais um recurso para aumento de produtividade sem gastos elevados.
Sem dúvida, princípios básicos para melhoria da produtividade podem ser limitados pela baixa fertilidade natural do solo, que exige do produtor um planejamento adicional para a obtenção de resultados significativos. Torna-se muito arriscado aumentar a produção de forragem sem o conhecimento do manejo do pastejo e do animal.

Moacyr Corsi, José Renato Silva Gonçalves e Laísse Garcia de Lima

Editores: Carlos Guilherme Silveira Pedreira, José Carlos de Moura, Sila Carneiro da Silva e Vidal Pedroso de Faria
Ano: 2005
Número de Páginas: 403
Tamanho: 14 X 21 cm
Editora: Fealq
Acabamento: Brochura
ISBN: 85-7133-043-3

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A engorda confinada, no Brasil, representa a síntese da evolução tecnológica experimentada pela pecuária nacional nos últimos vinte anos. Nos primórdios do confinamento, na década de 60 do século XX, a família Resende Peres introduz a engorda confinada comercial no país, em sua fazenda Brasília, localizada no município de São Pedro dos Ferros, MG. Além do ineditismo comercial (as demais ações eram provas oficiais de ganho de peso para avaliação de raças), os Resende Peres também foram pioneiros na utilização comercial de nitrogênio não protéico, através do complexo uréia-melaço.
Esse tempo romântico da zootecnia aproveita-se de dois fatores primordiais e já extintos na atualidade: o diferencial de preços da entressafra, que atingia, em valores reais, um acréscimo de 30%, e a ocorrência de abundância de bois magros no início da seca.
Não havia máquinas nem implementos adequados à atividade, o improviso era regra e a escala, pequena. Ocorreram avanços com a inauguração, no início da década de 70, do confinamento do Baby Beef Rubayat, em Sumaré, SP. Pela primeira vez, em escala comercial e com a finalidade de produzir carne de qualidade, foi utilizado cruzamento industrial, envolvendo Santa Gertrudis e Marchigiana com Nelore. A indústria do confinamento engatinhava, havia padronização de instalações e alguns implementos, notadamente forrageiras e vagões de alimentação, começavam a ser fabricados.
No rastro desse processo evolutivo, a engorda confinada foi perdendo seu caráter especulativo de preços e adquirindo uma ação mais produtiva. No final da década de 70 e início de 80, surgem os ionóforos, os anabolizantes permitidos e os antibióticos, generaliza-se a utilização de ração de custo mínimo e os confinamentos aumentam em número e escala (bois alojados).
Fato marcante foi a adoção do Plano Real, quando o boi e outros ativos perdem seu valor como "refúgio de moeda". Na década de 90, outras tecnologias, como diferimentos de pastagens, adoção de misturas múltiplas (de baixo a alto consumo) e semiconfinamento, passam a competir com a engorda confinada, tornando necessária a máxima profissionalização dos agentes envolvidos. Perdeu-se, ou diminui consideravelmente, o caráter especulativo de preços, como também se reduziu a margem de lucro por boi abatido, trazendo, em conseqüência, confinamentos de maior escala. Paralelamente, a adoção da engorda confinada foi sendo utilizada como ferramenta estratégica de alívio de pastagens na época seca, como elemento de ligação da integração lavoura-pecuária e, finalmente, como "pulmão" de fornecimento próprio aos grandes frigoríficos. Atualmente, é ferramenta fundamental na produção de carne de qualidade, condição básica para melhor remuneração do produtor e fundamental nas parcerias que visam aumentar o valor agregado da carne.
A evolução da tecnologia do confinamento no Brasil é a junção da evolução tecnológica das áreas de nutrição, sanidade, ambiência e genética, aliada à natural evolução da agricultura, agroindústria e comercialização.

Editores: Flávio Augusto Portela Santos, José Carlos de Moura e Vidal Pedroso de Faria
Ano: 2007
Número de Páginas: 331
Tamanho: 14 X 21 cm
Editora: Fealq
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-7133-051-1


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