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ADAPTAÇÕES DE PLANTAS DA CAATINGA

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Descrição

A Caatinga é um ambiente que apresenta desafios complexos ao desenvolvimento das plantas, como baixos índices pluviométricos, distribuição irregular das chuvas e temperaturas elevadas. As plantas que conseguem prosperar nesse ambiente precisaram desenvolver estratégias adaptativas e plasticidade fenotípica em resposta a variações do meio.

As plantas, para enfrentar os desafios de determinados ambientes, herdaram características favoráveis após várias gerações por meio da seleção natural. Por viverem em determinados ambientes, cada qual apresentando condições ambientais diferenciadas, os vegetais tendem a possuir adaptações que lhes garantem sua sobrevivência e perpetuação. Essa adaptação é caracterizada por mudanças genéticas nos organismos como resultados da ação da seleção natural.

Durante o curso da evolução, as plantas que desenvolveram mecanismos adaptativos foram selecionadas por serem mais adaptadas para enfrentar os fatores ambientais estressantes, de modo a desenvolver-se e reproduzir-se normalmente. Essa capacidade dos seres vivos de se adaptar às exigências do ambiente, por meio de modificações morfológicas, anatômicas, bioquímicas e fisiológicas, foi essencial para que dominassem com sucesso os ambientes.

Além da adaptação genética, as plantas podem responder a flutuações ambientais por meio da plasticidade fenotípica, que é a capacidade de um vegetal de mudar seu fenótipo em resposta a variações do meio. Assim, os mecanismos adaptativos e a plasticidade fenotípica, associados, contribuem para que os vegetais respondam às flutuações ambientais a fim de minimizar o impacto do estresse.

Plantas adaptadas a ambientes xéricos (secos), caracterizados por clima seco e quente, geralmente perdem suas folhas (caducifolia), bem como têm suas folhas reduzidas (microfilia), e inclusive algumas espécies possuem folhas modificadas em espinhos. Essas estratégias servem para minimizar a perda de água, por meio da transpiração, para a atmosfera. Apresentam também outras características xerofíticas, como presença de raízes modificadas (xilopódios) para armazenar água e nutrientes durante os longos períodos de estiagem (seca), caules suculentos e um aparato bioquímico adaptado aos fatores ambientais, entre tantos outros mecanismos visando minimizar os estresses ambientais.

A Caatinga é um ambiente que apresenta escassez hídrica, ou seja, caracteriza-se por possuir baixos índices pluviométricos, além de distribuição irregular das chuvas, que se concentram em apenas três a quatro meses do ano e atingem, em média, 800 mm anuais, sendo que em algumas áreas chove menos que isso. Além do mais, apresenta alta radiação solar e, em consequência, temperaturas elevadas.

A vegetação da Caatinga é altamente adaptada às condições climáticas do semiárido, sendo formada no geral por arbustos e pequenas árvores, que apresentam adaptações e plasticidade fenotípica para lidar com as condições estressantes desse ambiente sazonalmente seco. Muitas espécies conseguem armazenar água em estruturas, como caules e raízes, para utilizar esse recurso nos períodos de seca. Os fatores ambientais também proporcionaram a alguns vegetais o aumento no tamanho das raízes, o que possibilitou a retirada de água dos lençóis freáticos. Além disso, o mecanismo de perda de folhas foi essencial para minimizar a perda de água para a atmosfera, visando reduzir a desidratação, como forma de defesa contra as ameaças de dessecação.

Por apresentar características anatômicas, morfológicas, bioquímicas e fisiológicas adaptativas, as plantas da Caatinga utilizam estratégias para minimizar a perda de água, amenizar a elevada radiação solar e os efeitos associados da alta temperatura e apresentar ciclo de vida curto, entre outras habilidades. As espécies empregam esses mecanismos/características em conjunto, visando diminuir os impactos biológicos provocados pelos fatores ambientais do clima semiárido.

Este livro busca enfatizar a relação integrada entre botânica (anatomia, morfologia e fisiologia), ecologia vegetal e evolução das plantas da Caatinga, evidenciando seus mecanismos adaptativos.

A Caatinga
1.1 Os ambientes da Caatinga – 9
1.2 Adaptação e plasticidade fenotípica – 19
1.3 Deficit hídrico – 22

Adaptações morfoanatômicas
2.1 Mecanismo de compensação da fotossíntese – 27
2.2 Mecanismos de regulação do excesso de luz e de controle da transpiração – 31
2.3 Mecanismo de alongamento radicular – 40
2.4 Mecanismos de capacidade de armazenamento de água e reserva nutritiva – 41

Adaptações fisiológicas
3.1 Mecanismos de controle da transpiração – 49
3.2 Floração intensa e rápida no início da época chuvosa – 60
3.3 Ciclo de vida curto – 64
3.4 Mecanismo de ajuste osmótico – 66
3.5 Mecanismo fotoprotetor – 70
3.6 Mecanismo de defesa antioxidativa – 74
3.7 Metabolismo ácido das crassuláceas (MAC) – 80
3.8 Dormência de sementes – 84
Referências bibliográficas – 91

Autor: Danilo Diego de Souza
Ano: 2020
Número de Páginas: 96
Tamanho:
Editora: Oficina de Textos
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-65-86235-02-9


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