Descrição
A semente é um dos principais insumos da agricultura moderna. A produção econômica depende da qualidade das sementes. Diversos problemas que contribuem para a redução da produtividade ou aumento do custo de produção (baixa germinação, baixo “stand”, replantio, ocorrência de epidemias, necessidade de aplicações foliares de defensivos agrícolas, etc.) podem ser evitados ou minimizados pela utilização de sementes sadias e/ou tratadas.
A sanidade de sementes foi, durante muito tempo, totalmente negligenciada. Atualmente, todos os setores envolvidos na indústria de sementes (produtores, comerciantes e agricultores) reconhecem que a qualidade das sementes também envolve a incidência de patógenos.
Entretanto, os benefícios que este reconhecimento pode trazer, em termos de diminuição de danos e aumento de lucro, ainda estão muito aquém das potencialidades. Há necessidade de se obter mais informações, desenvolver novas técnicas, procedimentos e produtos, projetar novos equipamentos, aperfeiçoar sistemas, etc. Isto tem sido o objetivo da pesquisa e do ensino, preocupado com a formação de pessoal técnico qualificado para encontrar as soluções para os problemas atuais e que ainda surgirão.
Por outro lado, já existem diversas tecnologias e processos desenvolvidos pela pesquisa, que devem ser transferidos aos segmentos interessados da sociedade. Estas novas “descobertas” devem ser apresentadas e discutidas; caso sejam vantajosas, devem ser desenvolvidas e incorporadas ao sistema produtivo.
Este é o principal objetivo desta publicação: proporcionar uma ligação direta entre os geradores e os utilizadores de conhecimentos para que, desta interação, surjam as inovações tecnológicas indispensáveis para tornar a agricultura mais rentável. Assim, são abordados os temas: métodos de detecção de patógenos em sementes que sejam seguros, reproduzíveis, rápidos e de baixo custo; aspectos da quantificação dos prejuízos causados por patógenos associados às sementes; importância do tratamento de sementes para o aumento de produtividade, particularmente através da aplicação de produtos químicos.
Além disso, é apresentado um capítulo especial sobre a polêmica legislação de proteção às cultivares, assunto de interesse a todos os setores envolvidos com a tecnologia de sementes no Brasil.
Cabe um agradecimento especial aos autores dos textos dos tópicos abordados, que atenderam prontamente o convite para a edição desta publicação.
PREFÁCIO – III
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1. Panorama atual e perspectivas da produção de sementes no Brasil – 01
Ney Bittercourt de Araujo (AGROCERES)
2. Controle de qualidade – 07
Walter Rodrigues da Silva (ESALQ/USP)
3. Situação atual e perspectivas da patologia de sementes no Brasil – 21
José Otavio M. Menten (ESALQ/USP)
CAPÍTULO II: DETECÇÃO DE PATÓGENOS EM SEMENTES
4. Testes de sanidade de sementes em rotina no Brasil: situação atual, contribuições e perspectivas – 37
Maria Heloisa Duarte Moraes (ESALQ/USP)
5. Detecção do agente causal do crestamento bacteriano comum em sementes de feijão – 53
Pedro José Valarini (EMBRAPA/CNPDA)
6. Estria bacteriana do trigo: detecção e estratégias de controle – 77
Edson C. Picinini e José M. C. Fernandes (EMBRAPA/CNPT)
7. Fusarium spp. em sementes de algodão – 83
Maria Angélica Pizzinatto (IAC)
8. Problemas na detecção do agente causal da ramulose em sementes de algodão – 93
Maria Aparecida de Souza Tanaka (IAC)
9. Detecção do agente causador do cancro da haste em sementes de soja – 109
José Tadashi Vorinori (EMBRAPA/CNPSo)
CAPÍTULO III: DANOS DE PATÓGENOS EM SEMENTES
10. Prejuízos causados por patógenos associados às sementes – 115
José Otavio M. Menten (ESALQ/USP)
11. Patógenos associados a sementes que reduzem a germinação e vigor – 137
Flávia R. A. Patrício, Rosângele B. R. G. Borin e Dirce B. Ortolani (CATI/DSMM)
12. Relação entre densidade e qualidade de sementes de algodão – 167
Maria Angélica Pizzinatto (IAC)
13. Transmissão planta-semente e semente-plântula do agente causal da ramulose do algodoeiro – 171
Maria Aparecida S. Tanaka (IAC)
14. Importância epidemiológica de fungos do gênero Helminthosporium em sementes de trigo e cevada – 179
Carlos Alberto Forcelini (FA/UPF)
13. Efeito do inóculo da semente no desenvolvimento de doenças bacterianas em culturas de importância econômica – 191
Antonio Carlos Maringoni (FCA/UNESP)
CAPÍTULO IV: TRATAMENTO QUÍMICO DE SEMENTES
16. Importância do tratamento de sementes – 203
José Otavio M. Menten (ESALQ/USP)
17. Situação atual e perspectivas de fungicidas para tratamento de sementes no Brasil – 225
Guilherme Lafourcade Asmus (CIBA-GEIGY QUÍMICA S.A.)
18. Equipamentos para tratamento químico de sementes no Brasil – 231
Edson C. Picinini (EMBRAPA/CNPT)
19. Tratamento de sementes de trigo no Brasil – 247
Carlos Alberto Forcelini (FA/UPF)
20. Tratamento de sementes de soja no Brasil – 265
José Tadashi Yorinori (EMBRAPA/CNPSo)
21. Tratamento de sementes de milho no Brasil – 271
Oswaldo A. P. Pereira (SEMENTES AGROCERES S.A.)
CAPÍTULO V: LEI DE PROTEÇÃO AOS CULTIVARES
22. Contribuição ao debate sobre o direito do melhorista – 281
Fernando Curi Peres, Joaquim B. de S. Ferreira Filho e Angela R. P. Peres (ESALQ/USP)
23. A lógica do patenteamento de variedades: direito do melhorador e dever do agricultor? – 299
Adilson D. Paschoal (ESALQ/USP)
24. Direitos de proteção ao melhorista de plantas – 311
Júlio Marcos Filho (ESALQ/USP)
23. Legislação para proteção de cultivares – 317
Natal Antonio Vello e Milton Krieger (ESALQ/USP)
AGRADECIMENTOS – 321
Editor: José Otávio M. Menten
Ano: 1991 (reimpressão 1995)
Número de Páginas: 321
Tamanho: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura
CDD: 631.521
