Descrição

Na década de mil e novecentos e setenta quando iniciamos as nossas atividades de ensino, os textos disponíveis para o amendoim, assim como para outras culturas, eram escassos, sendo predominantemente boletins do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI-SAA-SP) direcionados para os produtores e alguns para os técnicos, e poucos eram os trabalhos de pesquisa. Houve a necessidade então de serem produzidas as apostilas, com estrutura direcionada para o esquema e a sequência didática apresentados aos alunos. A apostila Cultura do Amendoim foi escrita em 1972, sendo atualizada e aumentada nos anos seguintes com as novidades da pesquisa e dos avanços tecnológicos de produção da cultura. Entretanto, a carência de um texto para o amendoim continuou, face à diminuição da sua importância econômica e aos poucos pesquisadores dedicados à espécie; nos anos seguintes houve decréscimos das áreas de cultivo e de produção dessa cultura, com o crescimento de outras, mormente a soja.

Somente na primeira década de dois mil, com o ressurgimento da importância da cultura, principalmente em áreas de reforma de canavial, e o redirecionamento de sua utilização no mercado interno, houve maior interesse para a cultura, quando foram editados alguns livros sobre o cultivo do amendoim. Mais recentemente, a agricultura brasileira foi submetida a novas demandas, como a necessidade de realizar rotação de culturas, seja por motivos econômicos ou ambientais, e ainda a incumbência de produzir biodiesel. Nestes dois aspectos, a cultura do amendoim pode contribuir com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e voltar a posição de importância anteriormente já ocupada.

A idéia de tornar aquela apostila em um texto didático mais volumoso, incentivada por colegas que trabalhavam com a cultura, sempre existiu, todavia outras atividades consideradas mais importantes para o momento foram postergando a efetivação desta. Nesta oportunidade, mantendo a estrutura inicial dos tópicos da apostila, foi escrito o presente texto, procurando priorizar, dentro do possível, os trabalhos brasileiros de pesquisa, desde os pioneiros aos atuais, e tendo em vista os avanços tecnológicos alcançados para o cultivo do amendoim que resultaram nos ganhos em produtividade e de qualidade do produto nos dias atuais.

1. INTRODUÇÃO. O AMENDOIM: TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
1.1. Origem e difusão geográfica – 13
1.2. Importância da cultura – 14
1.2.1. Utilização – 14
1.2.2. Importância Econômica – 27
a) Situação Internacional – 27
b) Situação Nacional – 29
c) Situação Paulista – 34
REFERÊNCIAS – 41

2. BOTÂNICA
2.1. Classificação Botânica – 47
2.2. Descrição da planta – 49
2.3. Desenvolvimento da planta – 55
REFERÊNCIAS – 74

3. MELHORAMENTO
3.1. Centro de Origem – 79
3.2. Centro de Diversidade – 80
3.3. Citogenética – 83
3.4. Filogenia – 83
3.5. Modo de reprodução da espécie e cruzamento artificial – 84
3.6. Métodos de Melhoramento – 86
3.7. Objetivos do Melhoramento – 89
3.8. Conservação de Germoplasma – 92
REFERÊNCIAS – 100

4. CULTIVARES
4.1. Ramificação alternada (Grupo Virgínia) – 105
4.2. Ramificação sequencial (Grupos Spanish e Valência) – 106
4.3. Descrição dos cultivares – 108
REFERÊNCIAS – 119

5. CLIMA E SOLO
5.1. Clima – 121
5.2. Solo – 133
REFERÊNCIAS – 140

6. CONSERVAÇÃO E PREPARO DO SOLO
REFERÊNCIAS – 151

7. NUTRIÇÃO MINERAL
7.1. Marcha de absorção – 153
7.2. Exigência e exportação de nutrientes – 159
7.3. Diagnose visual do estado nutricional – 160
7.4. Diagnose foliar – 165
7.5. Efeitos dos nutrientes e respostas à adubação – 168
7.6. A nutrição mineral e a prática da adubação – 173
REFERÊNCIAS – 175

8. CALAGEM E ADUBAÇÃO
8.1. Calagem – 181
8.2. Adubação – 187
REFERÊNCIAS – 191

9. SEMEADURA
9.1. Sementes – 193
9.1.1. Qualidade das sementes – 193
9.1.2. Aquisição das sementes – 195
9.1.3. Preparo das sementes – 195
9.2. Época de semeadura – 200
9.3. Espaçamento – 202
9.4. Semeadura propriamente dita – 204
REFERÊNCIAS – 206

10. TRATOS CULTURAIS
10.1. Amontoa – 213
10.2. Plantas daninhas e seu controle – 214
10.2.1. Competição – 214
10.2.2. Espécies – 218
10.2.3. Controle – 221
10.3. Pragas e seu controle – 227
10.3.1. Pragas do solo – 227
10.3.2. Pragas da parte aérea – 229
10.4. Doenças e seu controle – 235
10.4.1. Doenças causadas por fungos do solo – 235
10.4.2. Doenças da parte aérea – 239
10.4.3. Outras doenças – 243
10.4.4. Doenças causadas por nematóides – 244
REFERÊNCIAS – 246

11. IRRIGAÇÃO
11.1. Necessidade e deficit de água – 253
11.2. Quando e quanto irrigar – 258
11.3. Como irrigar – 261
REFERÊNCIAS – 263

12. SISTEMA DE PRODUÇÃO
12.1. Culturas Intercalares ou Consorciadas – 267
12.2. Rotação de Culturas – 269
REFERÊNCIAS – 273

13. COLHEITA E SECAGEM
13.1. Momento de colheita – 277
13.2. Operações de colheita – 279
13.3. Problema das aflatoxinas – 287
REFERÊNCIAS – 292

14. BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO
14.1. Beneficiamento – 297
14.2. Armazenamento – 301
REFERÊNCIAS – 311

15. COMERCIALIZAÇÃO
15.1. A comercialização – 315
15.2. Os preços recebidos – 317
15.3. A classificação do produto – 320
REFERÊNCIAS – 325

Autores: João Nakagawa e Ciro Antônio Rosolem
Ano: 2011
Número de Páginas: 325
Tamanho: 16,5 x 23 cm
Editora: Fepaf
Acabamento: Capa dura
ISBN: 978-85-98187-29-7